Principais destaques:
- O Google afirmou que 2025 foi o ano em que a inteligência artificial deixou de ser apenas experimental e passou a ter utilidade real.
- Os novos modelos Gemini 3 e Gemini 3 Flash atingiram desempenho comparável a medalhas de ouro em competições internacionais de matemática e programação.
- O avanço acelerou a disputa no setor e reacendeu o debate sobre o conceito de inteligência geral entre líderes da área.
O Google encerrou 2025 com uma declaração forte sobre o futuro da tecnologia. Em um relatório de pesquisas divulgado em 23 de dezembro, a empresa afirmou que este foi o ano em que a inteligência artificial entrou no chamado “estágio de utilidade”, deixando para trás a fase de testes e demonstrações isoladas.
O marco veio acompanhado do lançamento de uma nova geração de modelos Gemini, que consolidou a empresa no topo da corrida da IA.
Gemini 3 e o salto de desempenho
O destaque ficou para o Gemini 3 Pro, apresentado em novembro como o modelo mais avançado do portfólio, seguido pelo Gemini 3 Flash, lançado em dezembro como padrão para aplicações voltadas ao consumidor.
Segundo o Google, os sistemas alcançaram resultados impressionantes em testes de raciocínio complexo, resolvendo a maioria dos problemas da Olimpíada Internacional de Matemática e do Concurso Internacional de Programação Colegiada dentro dos limites oficiais de tempo.
Na prática, isso significa que a IA passou a lidar com desafios que exigem lógica abstrata, planejamento e tomada de decisão em nível comparável ao de especialistas humanos.
Para o Google, esse é o sinal claro de que a tecnologia amadureceu e pode ser aplicada de forma consistente em produtos e serviços do dia a dia.
OpenAI reage e entra em “código vermelho”
O avanço do Gemini teve impacto imediato nos concorrentes. O CEO da OpenAI, Sam Altman, revelou que a empresa entrou em um estado interno de “código vermelho”, acelerando o lançamento do GPT-5.2 para dezembro, semanas antes do cronograma inicial.
Em entrevistas, Altman afirmou que o impacto do anúncio do Google foi menor do que o esperado, mas suficiente para justificar a mobilização rápida de equipes.
A OpenAI também redirecionou esforços para aprimorar o ChatGPT, embora tenha negado que o lançamento do novo modelo tenha sido feito às pressas. O episódio ilustra como a competição em IA se tornou mais intensa e menos tolerante a atrasos.
Debate sobre inteligência geral volta ao centro
Além da disputa comercial, os lançamentos reacenderam discussões conceituais. Demis Hassabis, líder do Google DeepMind, contestou publicamente a visão do pesquisador da Meta Yann LeCun, que afirma não existir algo como inteligência geral.
Para Hassabis, sistemas suficientemente avançados podem aprender qualquer tarefa computável, desde que tenham recursos adequados.
A troca ganhou ainda mais visibilidade com o apoio de Elon Musk, enquanto LeCun reforçou que sua crítica é mais semântica do que técnica. O embate mostra que, mesmo com avanços práticos, a indústria ainda diverge sobre como definir e medir a inteligência artificial do futuro.
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