Principais destaques:
- Um vídeo gravado em 2000 mostra Larry Page descrevendo um buscador baseado em inteligência artificial muito parecido com o Google atual.
- A estratégia por trás do Gemini 3 reflete exatamente essa ideia de entender intenções e entregar respostas completas.
- Investimentos massivos em infraestrutura permitiram que essa visão se tornasse realidade em escala global.
Um vídeo de 25 anos atrás do cofundador do Google, Larry Page, voltou a circular nesta semana e chamou atenção pelo nível de precisão. Na gravação, feita em 2000, Page descreve o que chamou de “mecanismo de busca definitivo”, um sistema capaz de entender toda a web, compreender exatamente o que o usuário quer e entregar a resposta correta. Para ele, isso era, sem dúvida, inteligência artificial.
Na época, o Google tinha apenas dois anos de vida e operava com cerca de 6 mil computadores. Mesmo assim, Page já falava em algo muito além de links azuis. Sua ideia se aproxima bastante do que hoje vemos em sistemas de IA generativa, que interpretam contextos, sintetizam informações e respondem de forma direta.
A ideia de busca que vai além dos links
Ao afirmar que o buscador ideal precisaria “entender tudo”, Page antecipou um movimento que só se tornou viável décadas depois. Em vez de apenas organizar páginas, a busca passaria a interpretar perguntas, intenções e significados. Essa lógica é exatamente a base das atuais Visões Gerais de IA, que aparecem no topo dos resultados e oferecem respostas resumidas.
Hoje, esse tipo de experiência atende cerca de 2 bilhões de usuários por mês em mais de 200 países. É um salto enorme em relação à web de 2000, quando dados, processamento e algoritmos ainda eram extremamente limitados.
Gemini 3 marca uma nova fase da estratégia do Google
Nas últimas semanas, o Google acelerou o lançamento de sua nova geração de modelos de IA, liderada pelo Gemini 3. O Gemini 3 Pro chegou em novembro, enquanto o Gemini 3 Flash, focado em velocidade, se tornou o modelo padrão do aplicativo Gemini em dezembro.
O aplicativo independente já ultrapassou 650 milhões de usuários ativos mensais em outubro de 2025, quase o dobro do registrado em março do mesmo ano. Para usuários pagos, o Google também lançou o modo Gemini 3 Deep Think, voltado a tarefas complexas que exigem múltiplas etapas de raciocínio.
Infraestrutura foi a peça-chave para realizar a visão
No vídeo de 2000, Page também destacou que sua ideia dependia de dois fatores ainda escassos na época: grande poder computacional e volumes massivos de dados. Esses dois pilares se tornaram centrais na estratégia do Google ao longo das décadas.
Para 2025, a empresa planeja investir cerca de US$ 75 bilhões em despesas de capital, com foco na expansão de infraestrutura de IA e computação em nuvem. Executivos da área afirmam que a capacidade de serviços de IA deve dobrar a cada seis meses para acompanhar a demanda crescente.
Ao integrar o Gemini diretamente na Busca, em ferramentas de produtividade e em plataformas para desenvolvedores, o Google mostra que a ideia de Page deixou de ser uma ambição distante. O que antes era um conceito teórico agora define o coração do negócio da empresa.
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