Principais destaques:
- A Waymo está testando o Gemini como assistente inteligente dentro de seus veículos autônomos.
- O sistema foi encontrado no código do aplicativo e revela um assistente focado em conforto, informação e tranquilidade do passageiro.
- A IA não dirige o carro e evita comentar decisões do veículo, mantendo clara a separação entre assistente e tecnologia de condução.
A Waymo, empresa de carros autônomos do grupo Alphabet, parece estar dando mais um passo para transformar a experiência de andar em um robotáxi. Indícios encontrados no aplicativo da empresa mostram testes avançados de integração do Gemini, o chatbot de inteligência artificial do Google, como um assistente a bordo para passageiros.
A descoberta foi feita pela pesquisadora Jane Manchun Wong, conhecida por analisar códigos de aplicativos em busca de recursos ainda não lançados. Segundo ela, a documentação interna descreve em detalhes como o assistente deve se comportar dentro do carro, deixando claro que não se trata apenas de um chatbot comum.
Um assistente pensado para acompanhar o passageiro
De acordo com os arquivos analisados, o Gemini foi projetado para agir como um companheiro amigável durante a viagem. Ele pode responder perguntas gerais, ajudar com informações simples e até ajustar alguns recursos da cabine, como temperatura, iluminação e música.
A proposta é melhorar a sensação de conforto e segurança, usando linguagem clara, sem termos técnicos e com respostas curtas. Em situações em que o passageiro demonstra insegurança, o assistente também pode oferecer mensagens tranquilizadoras, sempre sem parecer invasivo.
O que o Gemini pode e não pode fazer no carro
O sistema revela limites bem definidos. O Gemini não pode alterar rotas, controlar janelas, mexer no volume ou ajustar bancos. Quando recebe pedidos fora de seu alcance, a orientação é responder com frases que indiquem que aquela função ainda não está disponível.
Outro ponto importante é a proibição de comentar eventos de direção em tempo real ou incidentes envolvendo veículos da Waymo. Se o passageiro fizer perguntas sobre acidentes ou decisões do carro, a IA deve desviar do assunto de forma neutra e informativa.
Separação clara entre a IA e o sistema de direção
Um detalhe curioso dos prompts é a preocupação em diferenciar o assistente da tecnologia de condução autônoma. O Gemini nunca deve falar como se fosse o “motorista” do carro. Em vez disso, ele se refere sempre ao sistema como “Waymo Driver”, deixando claro que apenas fornece informações, não controla o veículo.
A iniciativa coloca a Waymo ao lado de outras empresas que também exploram assistentes de IA em veículos sem motorista. A Tesla, por exemplo, vem testando o Grok, da xAI, com uma abordagem mais voltada à conversa longa e interação contínua. No caso da Waymo, o foco parece ser praticidade e apoio direto à experiência da corrida.
Por enquanto, a empresa afirma que está apenas experimentando novas ideias e que nem todas chegam ao público. Ainda assim, os testes indicam como a inteligência artificial pode se tornar parte essencial da vivência dentro dos carros autônomos nos próximos anos.
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